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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Governo do Justo, Papai Noel, Duendes, etc

"Arrumaram" base bíblica para O GOVERNO DO JUSTO. 

Não sabe o que é o GOVERNO DO JUSTO???

SEGUE O TEXTO NA ÍNTEGRA:

"Pedofilia, abortos, assassinatos, pobreza, fome, falta de segurança, de acesso à educação de qualidade, sacrifícios de crianças. São inúmeros os casos de injustiça na nação brasileira. Mudar essa sociedade tem sido o chamado da igreja. Esse foi o tema apresentado pelo Apóstolo Alexandre Monteiro na tarde desta sexta-feira, dia 28.
O projeto do Governo do Justo tem o objetivo de trazer respostas para as mazelas da sociedade. A proposta é mudar cidadãos e impactar todas as áreas sociais através dos princípios bíblicos.
“A sociedade tem famílias organizadas e desorganizadas que elegem representantes que vão determinar onde irão os recursos e quais serão os princípios, bases, ideologias, que serão praticadas na saúde, na educação, na segurança de toda a sociedade”, lembra o apóstolo.
“Por que as coisas que não concordamos estão acontecendo e não fazemos nada? Porque os votos ainda são dados pelo discurso e não pela ideologia.
II Samuel 23:1-5 diz que Deus levantará ( um justo ) que domine sobre os homens, que domine no temor do Senhor, e será como a luz da manhã.

Fonte: http://www.reneterranova.com.br/site/content/visao.php?m=9&id=13 

Um texto profético sobre Jesus Cristo sendo utilizado para espiritualizar a fome megalomaníaca pelo poder !!!  Já não é a primeira vez que leio versículos, que apontam unicamente para Jesus, sendo utilizados para dar um "ar divinizado" ao projeto famigerado: GOVERNO DO JUSTO.  

Vamos ver onde a capacidade de improviso vai chegar. 

"Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui." (João 18 : 36)

"De Deus não se zomba."

sábado, 16 de outubro de 2010

Heresia - Em palanque, Lula primeiro se compara a Cristo e depois supera o Filho de Deus

Lula fez um discurso no Piauí em que começou se comparando a Cristo e terminou demonstrando por que é superior ao Filho de Deus. Ele participava de uma solenidade, prestem atenção!, de início de liberação de recursos para uma rodovia. Entenderam? Inaugurava o vento.
Mesmo num evento da Presidência, organizado com dinheiro público, transmitido por uma TV oficial, também sustentada com o nosso dinheiro, satanizou seus adversários, fez campanha eleitoral oblíqua e se comportou, mais uma vez, como chefe de facção, não como presidente.
O Babalorixá afirmou que havia muito preconceito contra ele porque tinha barba — como se o problema fosse o que ele tinha do lado de fora da cabeça… E não economizou: Cristo, Tiradentes e outras “personalidades da humanidade” também eram barbudos. Huuummm… Cristo e Lula em pé de igualdade? Nem pensar! O Filho do Brasil não aceita  ser igualado do Filho de Deus!
Segundo Lula, seus adversários foram derrotados no Piauí — referia-se a Heráclito Fortes  (DEM) e Mão Santa (PSC),  que não se reelegeram para o Senado — em razão de uma vingança de Deus porque eles teriam ajudado a derrubar a CPMF. O imposto da saúde foi extinto também com votos de parlamentares do governo, que tinha a maioria para prorrogá-lo. A oposição sozinha não conseguiria nada. Mais: Lula ficou seis longos anos com a dinheirama. No período, a dengue, por exemplo, deixou de ser um problema de algumas áreas para cobrir todo o país, democraticamente…
Deus não se vingou da humanidade nem por seu Filho. Mas, por Lula, Ele se mete até numa disputa eleitoral no Piauí! Afinal, na cabeça do Babalorixá de Banânia, o “Pai” não dava muita bola para o tal Jesus… O petista não deve ter entendido ate hoje por que, afinal, o Altíssimo não tirou o Filho da Cruz e não botou pra quebrar. Por Lula, no entanto,  Ele faz qualquer loucura, até mesmo eleger Ciro Nogueira (PP), menudo do Severino Cavalcanti e expressão maior do baixo clero do Congresso, senador pelo Piauí…
Numa de suas muitas apóstrofes atrevidas, o grande padre Vieira pergunta por que Deus permite, às vezes, tamanha luta do Bem contra o Mal. Seguirá sendo um dos mistérios com os quais teremos de lidar humanidade afora…

Por Reinaldo Azevedo

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/heresia-em-palanque-lula-primeiro-se-comprara-a-cristo-e-depois-supera-o-filho-de-deus/

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

PRESSÃO É POR PODER E NAO FÉ - Analista critica a pressão de católicos e evangélicos sobre aborto

A pressão de setores religiosos - principalmente evangélicos - sobre uma definição contra o aborto da campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT) não tem motivação religiosa, mas é uma forma de barganhar por poder, avalia a cientista Maria das Dores Campos Machado. Ela destaca que, neste segundo turno presidencial - nem Dilma, nem José Serra (PSDB) têm perfil religioso. Para ela, qualquer um dos dois tem chances de ganhar o apoio desses grupos por negociação.
- Eu percebo que existe um pragmatismo muito grande nos grupos religiosos. Eles sabem que estão lidando com dois candidatos que não são religiosos.
Para a pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), os pastores viram na polêmica uma chance de se estabelecerem na política.
- É um jogo e o que estas lideranças querem mostrar é que estão sendo reconhecidas.
Autora dos livros "Os Votos de Deus" e "Política e Religião", Maria das Dores é diretora de um núcleo de estudos sobre religião e política. Em entrevista a Terra Magazine, ela critica o uso da discussão em torno da descriminalização do aborto nas eleições. "O fato de isso aparecer na eleição, mostra como o debate na sociedade é incipiente". "Esse tema está sendo usado na eleição porque a sociedade não tem uma posição clara".
Leia a entrevista na íntegra.
Terra Magazine - O que a senhora está achando do fato de os votos dos religiosos entrarem no centro dessa disputa pelo segundo turno? A questão do aborto, principalmente, está se tornando crucial para os presidenciáveis.
Maria das Dores Campos Machado -
A religião sempre teve uma dimensão muito importante na cultura brasileira e aparece sempre em momentos importantes das eleições. Nos últimos anos, o movimento feminista conquistou alguns avanços junto ao Poder Executivo, há a questão do Plano Nacional de Direitos Humanos. Isso expressava um certo avanço dos setores mais progressistas do governo. O que há é uma reação dos grupos conservadores. Você não tem nenhum grupo religioso com uma única posição com relação às candidaturas que estão representadas agora. Tanto os evangélicos como os católicos estão divididos. Eles também percebem que a própria candidatura de José Serra também tem mais afinidade com posturas mais liberais. Ele já foi ministro da Saúde, tem medidas que facilitaram a contracepção de emergência.
Como é essa divisão?
No caso de Serra, os contatos que ele mantém são muito mais graças ao Geraldo Alckmin, que é um católico mais conservador, e alguns movimentos de renovação carismática muito ligados ao Geraldo Alckmin no interior de São Paulo. No caso de Dilma, a candidatura dela tem o apoio tanto do bispo Edir Macedo (líder da Igreja Universal) como do bispo Manoel Ferreira, que é uma grande liderança da Assembleia de Deus. Mas há uma grande resistência de grupos mais conservadores e grupos que não conseguem estabelecer um canal direto com as grandes candidaturas. Não se pode esquecer que os evangélicos têm um caráter muito pragmático. Eles sabem estabelecer uma separação entre o que é do mundo legislativo e o que é essa doutrina religiosa. Nesse sentido, eu acho que existe possibilidade de os dois candidatos conquistarem apoio desses grupos para além da visão ideológica ou da visão mais doutrinária de ser contra ou a favor do aborto. Eles sabem muito bem que eles estão lidando com dois atores políticos que não são religiosos, mas que podem dialogar com suas lideranças e podem dar um tratamento de ouvir mais essas lideranças na maneira de encaminhar o debate do aborto.
Mas essa possibilidade de negociar com os dois lados independe, então, da questão religiosa em si?
Eu percebo que existe um pragmatismo muito grande nos grupos religiosos. Até o final dos anos 90, o Lula era visto como um representante do "demônio" por vários pastores. Os pastores diziam que o Lula era endemoniado. Eu lembro que, na campanha em que o Lula foi vitorioso, o bispo Carlos Rodrigues disse: Nós criamos o veneno - que era considerar o Lula um demônio - nós vamos criar o antídoto. Existe por parte das lideranças certo pragmatismo. Uma vez convencidos de que as alianças políticas podem ser proveitosas para os seus grupos, eles podem rever toda a posição.
Mas esse apoio não iria, neste caso, ao candidato que se comprometesse a não descriminalizar o aborto?
Sim. O que eu estou querendo dizer é que esse tipo de intervenção - como o do pastor Malafaia (que declarou voto em Serra) - é criado em função de entenderem que eles estariam tendo uma maior capacidade de influência junto à Dilma ou ao Serra. Eu acho que há um pragmatismo aí por trás. Eu acredito que o pastor Silas Malafaia, quando declara o seu voto, ele é uma pessoa que faz a opinião pública. É um caráter extremamente pragmático. Eu acho que ele está aí tentando se cacifar no jogo da política. Ele não é só um ator religioso. Tem aí também um jogo das lideranças religiosas no sentido de serem reconhecidas enquanto atores políticos, atores que vão estabelecer uma série de acordos e vão ter acesso ao cenário político. A questão doutrinária é colocada na mesa para negociar ou para forçar um reconhecimento enquanto ator político.
Colocar essa questão do aborto às vésperas da eleição é uma ação eleitoreira? Em especial, o questionamento direto feito à postura da candidata Dilma por ela não ter se definido sobre o tema.
Existem coisas que acontecem dentro das igrejas. E existem coisas que, da Igreja, são levadas para a mídia. Que a mídia tem mais simpatia pela candidatura do Serra, isso é inegável. Mas, por exemplo, o Silas Malafaia está distribuindo CDs e DVDs contra o aborto. O que é curioso é que, por exemplo, não houve uma discussão em torno da homofobia - que também é um tema difícil. Por quê? Porque os homossexuais têm uma mobilização dentro da sociedade, então eles conseguem dar uma resposta de pronto, acionando a Justiça. Eles têm uma capacidade de mobilização muito maior que o movimento a favor do aborto. No caso dos homossexuais, por mais que os líderes religiosos sejam contra, eles não conseguem interferir nesse debate e nem trazer isso para o momento eleitoral. São temas que estão sendo usados porque a sociedade civil brasileira ainda não tem uma posição clara com relação ao aborto. Então, permitiu que esse tema fosse usado dessa forma.


Fonte: Terra / Dayanne Souza