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sábado, 30 de outubro de 2010

Os Judaizantes de Hoje

"As festas bíblicas são ordens sagradas do Senhor. Elas não são apenas judaicas; são, antes de mais nada, do Senhor, declaradas como estatuto eterno (Lv. 23:1-44). Essas festas não são um convite para que a Igreja volte à primeira aliança, mas para sustentar a mensagem que elas transmitem. Elas apontam para o fim, para o Cordeiro e falam da parusia, ou seja, a segunda vinda do Messias."

"Preste atenção ao que está sendo ministrado, pois Roma não deseja que nossos olhos sejam abertos. Roma quer nos prender ao paganismo. Esse paganismo se traduz na tentativa de deixar as festas bíblicas no esquecimento e de pegar as festas pagãs e tentar cristianizá-las. Porém, Deus abriu os nossos olhos. Não estamos mais debaixo da escuridão, pois o Senhor nos trouxe para a luz."

(Ap. Renê Terra Nova).

A frase do autodenominado “apóstolo” René Terra Nova demonstra bem a necessidade de estudarmos este assunto: a Igreja deve guardar festas e costumes judaicos? A Bíblia deixa alguma evidência de que tais práticas são para os cristãos?

Independentemente de dados históricos extra-bíblicos, devemos nos deter ao estudo das Escrituras para esclarecermos tais questionamentos. É da Bíblia a Palavra final sobre o assunto!

Para começarmos nosso estudo, é interessante nos debruçarmos sobre a carta de Paulo aos gálatas, pois os irmãos da Galácia estavam passando por uma situação semelhante a da igreja de hoje.

Quando Paulo escreveu aos gálatas, Os judeus estavam presentes em todo o Império Romano, principalmente nas cidades mais importantes. Muitos deles se converteram ao cristianismo e, dentre os convertidos, havia aqueles que queriam impor a lei mosaica sobre os cristãos gentios. São os "judaizantes". Assim como os fariseus e saduceus perseguiram Jesus durante o período mencionado pelos evangelhos, os judaizantes pareciam estar sempre acompanhando os passos de Paulo a fim de influenciar as igrejas por ele estabelecidas. Essa questão entre judaísmo e cristianismo percorre o Novo Testamento.

Os judaizantes estavam também na Galácia, onde se tornaram uma forte ameaça contra a sã doutrina das igrejas.

Aqueles judeus davam a entender que o evangelho estava incompleto. Para conseguirem uma influência maior sobre as igrejas, eles procuravam minar a autoridade de Paulo. Para isso, atacavam a legitimidade do seu apostolado, como tinham feito em Corinto.

O EVANGELHO JUDAIZANTE


sábado, 23 de outubro de 2010

Dízimo: lei ou graça?

Por Pr Vinicius

Converti-me em 1986. Até então dízimo era uma coisa que eu só ouvia na igreja, mas, desde o triste episódio do “ou dá ou desce”[1] o Brasil inteiro falou, e fala, sobre o assunto. Coincidência ou não, até a Igreja Católica de minha pequena cidade, Barbacena, passou a “cobrar” o dízimo. Hoje em dia vemos nos vidros dos carros frases como “eu sou dizimista”, o que demonstra até um certo orgulho neste gesto.

Comecei então a questionar a ordenança do dízimo para a Igreja em 1998. Não que eu não fosse dizimista, ou que tivesse algum problema com isto. Só queira ter base neo-testamentária. Não encontrei nada, a não ser livros tais como 20 razões porque sou dizimista. Mas para mim não fazia sentido. Não sabia explicar o motivo, mas era como se houvesse uma contradição uma vez que o dízimo era um mandamento para os judeus e não há mandamento para a Igreja ser dizimista.

Antes que alguém me cite Malaquias 3.10 ou Mateus 23.23, quero dizer que o meu propósito não é arrefecer a fé e o ardor de quem entende que dar legalmente e religiosamente 10% de tudo é errado. Ao contrário. “Deus ama quem dá com alegria”[2]. Se você dá o dízimo com alegria, glória a Deus pela sua vida, mas continue a leitura desprovido de pré-conceito e com desejo de aprender. “Ponde tudo à prova. Retende o que é bom”[3].


Como a prática do dízimo entrou na Igreja

 

sábado, 16 de outubro de 2010

O DÍZIMO - A VACA MAIS SAGRADA DA "IGREJA EVANGÉLICA" ATUAL

Fiz uma pergunta num dos últimos posts que creio não ter respondido satisfatoriamente: "E se estivermos sendo ensinados a crer em questões irrelevantes como sendo essenciais?" 
Ninguém que já tenha freqüentado a "igreja" evangélica atual pode dizer que o dízimo não ocupa um lugar dentro da vida eclesiástica que se possa chamar de outra palavra que não essencial. Podem bater o pé e reclamar e dar muitas voltas no tema, mas A VERDADE nua e crua é que "dizimar" e ofertar são duas pedras de toque dentro das doutrinas e dogmas ensinados nas "igrejas" para tornar um neófito (um novo convertido)num cristão "maduro" e "fiel". 

"Dogmas" dentro da "igreja evangélica"? Mas o que é um dogma de fé? Dogma é uma crença, um ponto de vista imposto por alguém ou uma instituição que não admite contestação, pois foi elevado ao nível de verdade revelada. Um dogma se fecha sobre si mesmo e encerra qualquer discussão. Ponto final.C'est fini. Aqueles que querem ser parte de determinada comunidade que advoga uma crença dogmática terão de aceitar o pacote todo e não recusar os bombons que porventura sejam amargosos ou de sabor exótico demais sob pena de ser excluído ou isolado dos demais membros.O dogma deve estar descrito em algum código de conduta ou diretriz comunal para que seja devidamente fundamentado. 

Dentro do meio evangélico, porém, não se costuma usar tal palavra, pois ela ficou conhecida e passou a caracterizar algumas posições que a Igreja Católica Romana adotou historicamente para acabar com divergencias dentro da instituição e estabelecer alguns ensinos que os distinguissem dos  "hereges". Assim, o Estado do Vaticano e seu presidente (pois se trata de um chefe de Estado), pronunciando-se de sua cadeira "apostólica", emitiu ao longo dos tempos vários Dogmas de Fé que delimitam EM QUÊ na verdade, a Igreja Romana crê. Muitos dos dogmas adotados pelo catolicismo romano claramente não possuem respaldo bíblico. O dogma da Assunção de Maria, por exemplo, declarado em 1950, é apoiado somente por textos apócrifos e relatos tardios ligados a tal Tradição Apostólica. Coisa igual acontece com o dogma da Imaculada Conceição de Maria. Concorde você ou não com eles, sendo um católico romano, terá que se submeter a eles e aceita-los como dignos de sua fé. Como me disse o sr. Angueth em seu blog: "Todo católico aceita todos os dogmas da Igreja, ou não é católico. Só há salvação na Igreja Católica é um dos muitos dogmas que aceitamos alegremente, agradecidamente, humildemente, de todo o coração. Como o é também o da infalibilidade papal". Então, o entendimento que temos da palavra "dogma" está ligado à decisões extrabíblicas de dirigentes das instituições romanas. É nesse sentido que quero usar a palavra aqui. Será que temos entre o povo que declara "seguir unicamente a Bíblia como única regra de fé e prática" algum ensino empurrado goela abaixo do rebanho como "revelação" da vontade de DEUS, mas que, se investigado a fundo, revela-se uma sagaz artimanha humana para se perpetuar como "interlocutor da voz de DEUS", como as descritas acima? Será que possuímos algo como uma "vaca sagrada" intocável em nosso arraial?

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A maldição da Teologia da Prosperidade

Há um grave mal-entendido sendo difundido entre os cristãos contemporâneos. A concentração de riquezas jamais foi sinal de bênção e aprovação divinas. Pelo contrário, é um sinal claro da injustiça prevalecente no mundo. Deus jamais aprovou tal modelo. Pelo contrário, Sua Palavra o denuncia freqüentemente, conclamando os homens à prática da justiça.

“A vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta das suas delícias. E esperou que exercessem justiça, mas viu opressão; retidão, mas ouviu clamor. Ai dos que ajuntam casa a casa, e reúnem herdade a herdade, até que não haja mais lugar, e fiquem como únicos moradores da terra (...). Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal, que fazem da escuridade luz, e da luz escuridade, que põem o amargo por doce, e o doce por amargo”

Nesta passagem encontramos uma dura advertência aos que almejam acumular riquezas, e que para justificar seu monopólio, subvertem valores. Chamam “certo”, o que Deus diz ser “errado”.

Em uma sociedade capitalista, em que o capital tem supremacia sobre o trabalho, enriquecer às custas do trabalho alheio é visto como um sinal de esperteza, de sagacidade, de inteligência.

Infelizmente, assistimos à igreja sucumbindo a este espírito. Pastores bradam de seus púlpitos que o crente deve almejar ser patrão, em vez de conformar-se em ser empregado. Deve ser “cabeça” em vez de “cauda”. O problema não está em motivar as pessoas a melhorarem sua condição econômica. Não há nada de errado em querer ascender socialmente. O problema é quando esta ascensão é desejada apenas pelo glamour, pela vaidade, desprezando a responsabilidade social que ela demanda.

Ao estimular seu povo a ascender socialmente, o pregador deveria focar as oportunidades de trabalho que um empregador poderia criar, diminuindo assim o alto índice de desemprego, e conseqüentemente, a criminalidade. Mas em vez disso, enfatiza-se apenas o conforto material e social que tal ascensão poderá promover a ele e à sua família.

Testemunhos são colhidos de pessoas que usam suas conquistas materiais, como a aquisição de um carro luxuoso, ou uma cobertura de frente para a praia, como aferidor de sua fé. Ainda não vi um pastor perguntando a tais empresários emergentes, quantos foram beneficiados através de sua prosperidade.

A advertência profética diz que Deus esperava que Seu povo exercesse justiça, mas viu opressão, retidão, mas ouviu clamor. Este é o tipo de clamor que Deus jamais gostaria de ouvir.

De quem seria este clamor? Daqueles que são explorados por quem almeja concentrar riquezas. Por isso Deus adverte o Seu povo:

“Não explorarás o assalariado pobre e necessitado, seja ele teu irmão, seja ele estrangeiro que mora na tua terra e nas tuas cidades. No mesmo dia lhe pagarás o seu salário, para que o sol não se ponha sobre a dívida, pois ele é pobre, e disso depende a sua vida; para que não clame contra ti ao Senhor, e haja em ti pecado”

A expressãoAi” encontrada em algumas advertências divinas, tem como propósito ressaltar a seriedade e o rigor com que Deus trata certas injustiças.

“Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça, e os seus aposentos sem direito, que se serve do serviço do seu próximo sem paga, e não lhe dá o salário do seu trabalho” - Jeremias 22:13

Deus está sempre atento ao clamor dos injustiçados! Embora seja um clamor que Ele preferia jamais ouvir. Tiago denuncia:

“Vede! O salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos, e que por vós foi retido com fraude, está clamando. Os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor Todo-poderoso” - Tiago 5:4

Entretanto, Deus se recusa a ouvir o clamor dos exploradores; daqueles que trabalham com o único intuito de concentrar bens, e que para isso, não hesitam explorar seu semelhante:

“A vós que aborreceis o bem, e amais o mal, que arrancais a pele de cima deles, e a sua carne de cima dos seus ossos, que comeis a carne do meu povo, e lhes arrancais a pele, e lhes esmiuçais os ossos, e os repartis como para a panela, e como carne do meio do caldeirão. ENTÃO CLAMARÃO AO SENHOR, MAS ELE NÃO OS OUVIRÁ, antes esconderá deles a sua face naquele tempo, visto que eles fizeram mal nas suas obras.” - Miqueias 3:2-4

Os ricos deste mundo precisam acordar para o fato de que todas as nossas obras são sementes, que mais cedo ou mais tarde, resultarão em colheitas. Oséias os denuncia, dizendo que “eles semeiam ventos, e colhem tormentas” (Oséias 8:7a). Toda a injustiça praticada pelas elites brasileiras, tem resultado numa escalada da violência sem precedentes na História deste país. Os mesmos que se negam a pagar um salário justo a seus empregados são obrigados a gastar fortunas em segurança, blindando seus carros, colocando sistemas de alarme caríssimos em suas residências, e contratando equipes de vigilância.

Deus está exercendo juízo sobre essa elite indiferente, que enriquece às custas da injustiça feita ao trabalhador:

“Chegar-me-ei a vós para juízo, e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros e contra os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra os que defraudam o trabalhador, e pervertem o direito da viúva, e do órfão, e do estrangeiro, e não me temem, diz o Senhor dos Exércitos.” - Malaquias 3:5

O Reino de Deus está sempre na contramão do sistema deste mundo. Por isso, podemos afirmar que a mensagem do Reino é a mais subversiva jamais pregada.

Por que há tão poucos em posse de tantas riquezas, enquanto grande parte da humanidade vive abaixo da linha da pobreza? Como poderíamos reverter isso? Através da pregação do Reino de Deus.

Mas não devemos nos ater a pregar a mensagem. Precisamos encarná-la, trazê-la da teoria para a prática. Em outras palavras, precisamos semear justiça, onde até hoje só se semeou opressão e exploração.

“Semeai para vós em justiça, ceifai o fruto do constante amor, e lavrai o campo de lavoura, porque é tempo de buscar ao Senhor, até que venha e chova a justiça sobre vós.” - Oséias 10:12

Veja que semear em justiça é sinônimo de buscar ao Senhor. Ainda que as mudanças não ocorram com a rapidez que desejamos, não podemos nos cansar de fazer o bem, até que “chova a justiça”. Aqui vale a admoestação apostólica:

“Não vos enganeis: Deus não se deixa escarnecer. Tudo que o homem semear, isso também ceifará (...). E não nos cansemos de fazer o bem, pois a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé" - Gálatas 6:7,9-10

E o escritor de Hebreus complementa:

“Não vos esqueçais de fazer o bem e de repartir com outros, pois com tais sacrifícios Deus se agrada” - Hb.13:16

Cada vez que praticamos o bem, e repartimos com alguém aquilo que o Senhor nos deu, estamos semeando no Reino de Deus. Em breve, a chuva virá, e toda a Terra será renovada.

“Porque, como a terra produz os seus renovos, e como o jardim faz brotar o que nele se semeia, assim o Senhor Deus fará brotar a retidão e o louvor perante todas as nações.” - Isaías 61:11

Tudo o que Deus nos concede é com o fim de abençoar aos que nos cercam. Não temos o direito de concentrar nada em nossas mãos.

Fonte: http://www.pulpitocristao.com/    Citando:
http://www.hermesfernandes.blogspot.com/

segunda-feira, 11 de outubro de 2010